ATENÇÃO



A T E N Ç Ã O

As informações deste blog não foram escritas por um médico e não substituem o diagnóstico, acompanhamento e tratamento da doença falciforme. Não pratique a auto-medicação. CONSULTE SEMPRE O MÉDICO HEMATOLOGISTA!



sexta-feira, setembro 24, 2010

Pelo mundo

A anemia falciforme não é uma doença que acomete somente brasileiros nem somente negros ou pobres. As doenças falciformes estão disseminadas por todo o mundo, e hoje, devido a miscigenação (mistura dos povos) não podemos mais rotular, limitar a patologia à uma raça ou classe social.
Encontramos grupos de pessoas que falam sobre doença falciforme em vários países. Tenho observado as discussões de um grupo de americanos, orientados pelo pessoal do Very Bright Foundation, em Seattle - WA no Facebook.
Um dos tópicos que chamou mais a minha atenção foi a seguinte pergunta: "Quais os serviços que você desejaria ver disponíveis para pessoas com Anemia Falciforme?"

Veja bem. É um grupo americano. Alguns de nós, brasileiros, têm a ilusão de que o tratamento, pesquisa, divulgação, educação é melhor fora do nosso país, quem sabe até perfeito nos EUA. Não sei porque criamos essa ilusão. Mas de uma certa forma, me espantou ver a resposta da comunidade americana nesta questão.
"Ver um serviço de verdade para pacientes adultos de anemia falciforme. Cheguei a ver pacientes sendo atendidos no chão. Eu ouvi de um monte de amigos portadores que depois que eles se tornam adultos o tratamento é diferente. Vemos que nas unidades de Hematologia Pediátrica o pessoal é relamente atencioso e trabalha com amor e dedicação"

"Criar serviços educacionais para criar tutores de pessoas com doença falciforme"

"Cobertores e dispositivos de aquecimento"
(talvez por eles terem um inverno muito mais rigoroso que o nosso, com neve e tudo mais)

"Precisamos de mais doações de sangue. De mais campanhas para as pessoas doarem sangue para os doentes falciforme" (Nesse comentário alguém retrucou: "Não precisam me pagar por isso, se eu puder salvar uma vida estarei satisfeito" - Esse comentário deve-se ao fato de que nos EUA, os doadores de sangue recebem um pagamento por suas doações, o que no Brasil é voluntário.)

"Orientação para treinadores e professores" (Esse comentário veio de uma mãe cujo filho pratica esporte e ela foi avisar ao técnico que o filho é portador de DF, e o treinador não sabia do que se tratava. A mãe se espanta: "Todos sabem o que é catapora, o que é leucemia... Porque não sabem o que é DF?" Agora, após orientar o treinador, o mesmo mantém um reforço na hidratação da criança e observa melhor os seus limites no esporte.)

"Acredito que deva haver mais envolvimento do paciente. Vejo que muitos não sabem como se cuidar, não são orientados, não falam sobre o assunto. Porque não?"

"Há um monte de gente fazendo tudo, mas muitas pessoas fazendo nada! Precisamos nos auto-educar!"

"Precisamos criar grupos de apoio para orientação do paciente, para ele saber como se cuidar, como evitar as crises"

Enfim, essas são algumas das respostas que me chamaram atenção. Porque? Porque são os mesmos anseios nossos, as mesmas preocupações que temos aqui no Brasil.
O que nos difere deles, o que nos aproxima? Como fazer esse intercâmbio, como fazer a falciforme ser mais conhecida?
Acredito que esse seja o nosso maior desafio. Primeiramente falar abertamente sobre a doença. Criar fóruns de discussão, nas escolas, nos postos de saúde. Orientar pacientes, em todas as fases da vida, crianças, adolescentes, adultos, idosos.
Criar cursos de capacitação para enfermeiros, professores de educação física, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais.
Advogados! Porque não? Os nossos direitos civis estão sendo preservados? Direito à assistência médica, assistência social?
Padres, pastores, conselheiros que possam orientar os jovens que estão pensando em se casar a procurar um médico para fazer o exame de eletroforese de hemoglobina. Porque não comentar sobre esse assunto no sermão do culto ou da missa???? Quantos são portadores do traço falciforme e não sabem? Dar às pessoas a liberdade de escolha sobre ter ou não filhos sabendo da possibilidade deles herdarem uma doença genética.

O trabalho é árduo e é claro que vai encontrar resistência em diversas áreas. As pessoas não querem falar sobre o que lhes fazem sofrer, ou o que pode, num futuro distante ou não, lhes dar trabalho. Mas precisamos acreditar que existe uma pequena parcela que vai estar atenta aos nossos anseios, às nossas necessidades, que vai, mesmo sem perceber, atuar como multiplicador do conhecimento.

Gosto de pensar que não estou sozinha nessa luta. Há alguns anos atrás, pouco ou nada se falava sobre DF. Ainda não falamos o suficiente. Mas estamos melhorando!

5 comentários:

Dalmo Oliveira Silva disse...

Andrea,

Esse ano o mundo está "comemorando" 100 anos do primeiro diagnóstico (relato clínico) da doença falciforme. A FENAFAL e associações espalhadas pelo Brasil, com apoio do Ministério da Saúde, está fazendo um esforço grande para tirar a doença da invisibilidade histórica. Há alguns meses o coordenador geral da FENAFAL, Altair Lira, esteve nos EUA numa missão patrocinada pela SEPPIR, onde dialogou com representantes de entidades civis que defendem os direitos das pessoas com DFs naquele país. Aos poucos, creio, que vamos estreitando os laços. Sobre a orientação genética, penso que os cursos para noivos (em qualquer religião) são espaços estratégicos para se falar das hemoglobinopatias.

Parabéns pelo post e obrigado pela tradução.
abs,
Dalmo

Vicky MundoAfora disse...

Andrea, espero de coracao que tudo esteja bem com voce. Seu último post foi há quase um ano, espero que voce volte a escrever.

Meu marido tem uma forma branda de anemia falciforme, ele fica com os pés e tornozelos inchados de vez em quando, e sente muito sono, pode dormir até 24 horas seguidas. Mas nao passa disso.

Nós moramos nos EUA, ele é americano, e o sistema de saúde aqui é realmente uma droga. Médico algum jamais passou medicao para ele, deu instrucoes para dieta, nada. Eu é que fico preocupada e tenho procurado me informar mais. A alimentacao daqui também nao ajuda, pois ele muitas vezes se recusa a comer comida fresca e saudável para comer um burrito cheio de pimenta ou um hamburguer.

Estamos planejando um filho para o ano que vem, na minha próxima consulta com o médico eu vou me informar melhor sobre exames que devemos fazer e como prosseguir.

Gostaria de trocar experiencias sobre o assunto com alguém que tenha o problema na família. Santo Google foi o responsável por eu encontrar seu blog, acho que é um ótimo primeiro passo.

Um abraco.

Anônimo disse...

Andrea,

Meu nome é Luiz Claudio, 43 anos e sou portador de s-talassemia.
Achei este blog, pois passei esta semana com crise de dor na perna esquerda. Só quem tem sabe o tamanho do sofrimento...
Em uma das noites em claro pesquisei no google informações sobre a DF e cheguei a você.
Concordo plenamente com seu ponto de vista e acredito que poderemos nos unir através da net para difundir a DF.
Quem quiser me contactar o meu email é luizclaudio@cedae.com.br

Um grande abraço.

Anônimo disse...

Boa tarde pessoal sou o Celso Samuel vivo em angola luanda tenho 23 anos de idade já desde criança sofro com essa doença agora com os meus 23 anos as crises aumentaram muita dor nas pernas por favor preciso da vossa ajuda....
celso_quental@yahoo.com

Noah Roland disse...

Olá a todos! meu nome é Noah, estou escrevendo este artigo para apreciar o bom trabalho do DR AKHIGBE que recentemente me ajudou a trazer de volta minha esposa que me deixou por outro homem nos últimos 6 meses. Depois de ver um comentário de uma mulher na internet testemunhando como ela foi ajudada pelo Dr. AKHIGBE, também decidi entrar em contato com ele para obter ajuda, porque tudo o que eu queria era que eu conseguisse minha esposa, felicidade e para garantir que meu filho crescesse com sua mãe 'eu amo minha esposa' Estou feliz hoje que ele me ajudou e posso dizer com orgulho que minha esposa agora está comigo novamente e agora está apaixonada por mim como nunca antes. Você precisa de alguma ajuda em seu relacionamento, como recuperar seu homem, esposa, namorado, namorada ou amores e relacionamento familiar? Os espectadores que leem meu post que precisam da ajuda de DR AKHIGBE devem entrar em contato com ele por e-mail: drrealakhigbe@gmail.com Você também pode ligar ou entrar em contato com ele por whatsapp +2348142454860 Ele também cura doenças e vírus mortais com suas ervas naturais. gostar
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